Menu da Gala dos Sóis do Guia Repsol Portugal 2025

Para a Gala dos Sóis do Guia Repsol Portugal 2025, o chef Rodrigo Castelo promete uma gastronomia responsável e cheia de produtos locais

–

07/04/2025

Texto: Equipa Repsol

Falámos com o autor do menu para a Gala dos Sóis do Guia Repsol Portugal 2025, que acontece a 7 de abril em Santarém. Saiba o que vai ser servido.

Adicionar evento ao calendário

Rodrigo Castelo é o autor do menu para a Gala dos Sóis do Guia Repsol Portugal 2025, que acontece a 7 de abril no Convento de São Francisco, em Santarém. O chef, “nascido e criado” naquela cidade ribatejana, como o próprio orgulhosamente refere, é o responsável por um dos restaurantes mais reconhecidos e concorridos da zona — o Ó Balcão — e garante que é precisamente o mesmo ADN que vai estar presente nos 17 pratos que serão servidos aos cerca de 400 convidados que estarão presentes na Gala.

De acordo com o chef, a ideia é transportar o Ó Balcão para a Gala. “É a sustentabilidade, acima de tudo, que vai estar presente. Trabalhar mediante a filosofia ‘quilómetro zero’, reduzindo ao mínimo o desperdício. Comer predadores para manter os nativos, construir pratos a partir das pragas”.

Rodrigo Castelo está habituado à exigência, à pressão e à constante urgência da superação. Foram precisamente estes os ingredientes que formaram a receita de sucesso do Ó Balcão e que o levaram a um patamar de excelência — o mesmo que gerou o convite ao chef por parte do Guia Repsol.. “Sentimos uma responsabilidade muito grande, vamos cozinhar para pessoas que sempre idolatrei, que admiro muito, são os meus pares. Mas vai acontecer o que acontece todos os dias: queremos fazer sempre melhor. Com uma detalhe: vão estar presentes 400 pessoas, não as 24 que servimos no dia a dia do restaurante”, diz.

E é por isso que Rodrigo Castelo vai ter ajuda: “Vou partilhar esta responsabilidade com o Carlos Torres [dos restaurantes eLeBê]. A parte do confeção do menu, essa estamos a prepará-la há várias semanas, é toda feita por mim e pela minha equipa, depois é preciso muitas mãos para executar no dia e levar às pessoas. Seremos uma equipa de 24 cozinheiros, até ao dia o número pode oscilar. Na sala serão entre 20 a 22 pessoas.” diz Rodrigo Castelo.

Rodrigo Castelo é o responsável pelo menu da Gala dos Sóis 2025. Irá estar acompanhado por Carlos Torres

E é por isso que o chef vai ter ajuda: “Vou partilhar esta responsabilidade com o Carlos Torres [dos restaurantes eLeBê]. A confeção do menu está a ser preparada há várias semanas, é toda feita por mim e pela minha equipa, depois é preciso muitas mãos para executar no dia e levar às pessoas. Seremos uma equipa de 24 cozinheiros”.

Entre os pratos a servir no jantar de dia 7 estão torricado de perca europeia, rissol de barbo e aioli de poejo, arroz de lagostim, escabeche de veado e abóbora fumada, gratinado de rabo de toiro. Rodrigo Castelo promete um “menu consistente, feito para que se prove tudo, de A a Z”. E garante que não consegue eleger pratos favoritos: “Não posso destacar ou individualizar. E é muito bom poder dizer isso. Pensamos os pratos todos de forma igual, queremos aproveitar a proteína num todo, o vegetal num todo, extrair o máximo de sabor. E é importante perceber o conceito que está em cada prato e que envolve o menu”.

Antes da Gala, que acontece no dia 7, há outro evento muito especial: sábado, dia 5, no Largo do Seminário, haverá javali servido em pombinha, um pão doce tradicional de Santarém. “Estamos no pulmão da agricultura e devíamos comer bastante javali”, esclarece Rodrigo Castelo. “A mim compete-me cozinhá-lo o melhor que sei e que posso. Por um lado, o javali é uma praga com muitas consequências para as culturas. Por outro, é preciso valorizá-lo, porque não se trata de um animal criado em regime intensivo, é selvagem e isso também lhe dá carácter.”

A Gala dos Sóis do Guia Repsol 2025, que vai eleger os restaurantes que ganham 1, 2 e 3 sóis (além dos recomendados), acontece em Santarém e este escalabitano assegura que a cidade está a fervilhar de entusiasmo gastronómico. “Santarém é a capital da gastronomia, não é possível conhecer a cidade — gastronomicamente falando — num fim de semana. É muito rica a nível de restauração, com muita diferenciação, com restaurantes para todos os gostos, muito bons, com gente que sabe muito bem o que está a fazer, gente que não se atropela. Esta não é uma cidade muito grande e interessa muito preservar a diversidade”, acredita o chef do Ó Balcão.