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Haverá maior prazer do que saborear um bom arroz de marisco, camarões brancos grelhados de Huelva ou um bacalhau à portuguesa com os pés a um palmo de distância da areia fina da praia, com a brisa do mar a acariciar-lhe o rosto? O bar de praia El Portugué é um dos pioneiros em Isla Cristina, tendo sido inaugurado em finais dos anos 1970 na praia de El Hoyo, "quando ainda não havia acesso pelo cordão dunar e tinham de atravessá-lo todos os dias carregados de barris de cerveja, gelo e caixas de peixe fresco”, recorda Manuel (Mau) González, o atual proprietário.
O El portugué é o pai, Manuel, que se reformou há cinco anos, "mas continua muito presente, porque está aqui todos os dias a assistir". El portugué foi a alcunha que lhe deram na aldeia, "apesar de ter nascido em Huelva. Foram os meus pais que nasceram em Portugal por causa da Guerra Civil", explica. Não gostava nada da alcunha, embora tenha acabado por aceitar e por batizar o seu bar de praia com esse nome. Da avó Felipa guarda as receitas de bacalhau à portuguesa, bacalhau à brás ou a sapateira, com um molho cocktail típico do Algarve. Também manteve os cozinhados de Cipriana, a mulher de el portugué, como a raia em pimentão (um prato típico de Isla Cristina e Ayamonte), as almôndegas de choco e camarão ou o muito apreciado cachaço de atum com cebola caramelizada.
"Segundo um dos meus fornecedores, somos o restaurante de toda a província de Huelva que mais consome bacalhau", diz Mau, que até recentemente administrava a cozinha e agora é mais responsável pela gestão do negócio, juntamente com a sua irmã Estefanía. Também se encarregam de comprar o peixe diretamente na lota de Isla Cristina (a segunda maior em volume de Espanha, depois de Vigo) e selecionar os porcos ibéricos da serra de Huelva que oferecem na secção de carnes grelhadas.
EL PORTUGUÉ - Playa del Hoyo (Ctra. A-5054, km 7). Isla Cristina. Tel.: (+34) 674 921 308
Os pais de Joaquín e Pepín (José Lorenzo) Ramírez abriram este modesto quiosque urbano em 1992, ao lado do Feira de Exposições, tendo-se tornado uma paragem obrigatória para moradores e visitantes, especialmente aos fins de semana. As receitas tradicionais da mãe, Belli, foram evoluindo nas mãos dos filhos. "Sempre gostei muito de viajar, de absorver a culinária dos outros países. Formei-me na Escola de Hotelaria de Sevilha, fazendo cursos de pastelaria e de cozinha internacional", conta-nos Pepín.
Na oferta do bar La Belli - La Mar de Tapas, sobretudo fora do menu, incluem-se clássicos da mãe "que não posso retirar, devido à adoração dos clientes", como o atum recheado com carne e frutos secos no forno, ou os caracóis ("que preparamos de forma diferente do habitual em Huelva, com um refogado de legumes e pão"), mas também há outras preparações, que remetem para o Japão, Sudeste Asiático, Norte de África ou América Latina: cubos de atum rabilho picante em arroz de sushi, guisado tailandês de batatas com carne ou a refrescante salada marroquina de grão, beterraba, cebola roxa e sardinhas en solipé (termo dado às saladas e marinadas em Isla Cristina). Há também pratos de mar muito típicos da ilha, como almôndegas de choco com gamba branca, cobertas com um molho concentrado do próprio molusco.
Pepín e o irmão Joaquín ("que estagiou no restaurante Disfrutar de Barcelona, premiado com três Sóis do Guia Repsol Espanha") gabam-se de tirar o máximo partido dos espetaculares atuns albacora, provenientes de fornecedores locais como Ficolume, USISA e Martín Dorado, bem como do atum rabilho de almadrava durante a sua temporada. Usam-nos em diferentes preparações, como o ensopado caldoso de peles de atum com grão, chouriço e morcela, o tataki com cuscuz e emulsão de soja, as almôndegas em molho arrabbiata ou a sanduíche japonesa de atum com maionese de escabeche com um toque picante.
LA BELLI – Av. del Carnaval, s/n. Isla Cristina. Tel.: (+34) 613 049 927
Uma churrasqueira em Islantilla? "Quando o meu marido e eu tivemos esta ideia, há 22 anos, tivemos de lutar contra quase todas as probabilidades e contra a descrença de muitos", recorda Erika Ramos. Chegou a Isla Cristina num verão, oriunda de Bogotá, para fazer um estágio da sua formação em Turismo e Hotelaria. Foi aqui que se apaixonou por Manuel. Ambos ergueram esta pousada, onde os costeletões prevaleceram sobre as gambas brancas e os secretos ibéricos sobre o atum.
"O meu marido era um cozinheiro que punha muito amor em cada preparação. Sempre procurei a melhor qualidade dos produtos, da carne ao sal, passando pelo azeite e pelo carvão da grelha", explica Erika. Manuel Vega faleceu há alguns meses, mas o seu legado continua vivo em La Montanera, onde a especialidade são os cortes de porco ibérico de bolota da serra de Huelva, o costeletão, o entrecôte e o lombo de vaca do País Basco, sem esquecer a perna de borrego grelhada em carvão de carvalho.
Embora a carne seja a protagonista deste estabelecimento, não deve deixar de provar as deliciosas saladas, "para as quais preparamos todos os molhos e vinagretes (maracujá, anchovas, cebolinho, ervas finas e mel) em casa". Os arrozes cremosos de ibérico na brasa, o polvo grelhado com molho "romesco", os croquetes de queijo azul com boletos ou o carpaccio de camarão vermelho com "ajoblanco" de coco e manga são outras das receitas mais procuradas pela clientela que visita esta instituição turística entre Isla Cristina e Lepe.
LA MONTANERA - Av. de Islantilla, s/n. Islantilla. Tel.: (+34) 959 481 187
A manhã começa bem cedo na esplanada do Mario, mergulhando um churro numa chávena de chocolate espesso. Por trás desta popular churraria está Mario Garvan, um romeno com muita graça que montou o negócio há 12 anos em Isla Cristina, a localidade natal da sua esposa. "Enganou-me! Disse que era rica, mas agora tenho de acordar às cinco da manhã", diz entre risos. Já tinha trabalhado em diversos estabelecimentos de churros e fomos aperfeiçoando e melhorando as receitas que aprendemos", explica enquanto leva doses deste popular doce para a mesa.
O segredo destes churros, que parecem de cristal por fora e por dentro, como puro algodão, está na matéria-prima. "Usamos 100% farinha de trigo de um moinho de Ciudad Real; o óleo é alto oleico e baixo em calorias, para que não saiam da frigideira muito gordurosos, e substituímos o óleo a cada dois ou três dias, para que não adquiram gosto residual. A flor de sal é das salinas de El Alemán que está na própria localidade".
Na churraria Mario orgulham-se de ser pioneiros na preparação de churros de batata (os finos) e churros de massa (noutras regiões de Espanha conhecidos como "porras") cobertos ou recheados com chocolate preto, branco ou Kinder Bueno. "Também fazemos chocolates com diferentes sabores (Oreo, Conguitos, Ferrero, Raffaello, etc.), tanto para os recheios dos churros como para beber", explica-nos o churreiro. Estão abertos de terça-feira a domingo durante a manhã, na central Avenida del Carnaval da localidade.
CHURRERÍA MARIO – Av. del Carnaval, 3. Isla Cristina. Tel.: (+34) 672 127 541
As primeiras noções sobre o mundo dos gelados chegaram a Alejandro Isac Reyes através do telefone. "O meu tio Julio, que era mestre gelateiro da escola valenciana, adoeceu um dia e foi hospitalizado. Ligou-me para perguntar se eu queria pegar no negócio porque ele não poderia continuar. Quase diariamente, revelava-me um truque ou uma receita de algum gelado que ele fazia", recorda Alejandro.
Ficou por lá durante anos, juntamente com o tio Julio, que entretanto tinha recuperado a saúde e continuava a ensinar-lhe os segredos do ofício. "Em 2007, decidi abrir o meu próprio negócio, El Artesano, na Plaza de las Flores. Queria estudar mais a escola italiana. Viajo todos os anos para a cidade de Rimini", onde se realiza o SIGEP, o evento profissional mais importante do mundo dedicado ao Gelato Artesanal e à Arte da Pastelaria, que tem já 45 edições. "Amplio os meus conhecimentos e, além disso, conhecemos gelateiros e confeiteiros de diferentes cantos do mundo para partilhar novas técnicas e sabores, que depois trago para Isla Cristina."
Atualmente, conta com três estabelecimentos El Artesano na cidade de Huelva: ao lado da original do Paseo de las Flores, onde está localizada a loja que prepara os novos sabores; na Avenida del Carnaval, inaugurada durante a pandemia; e na Avenida Federico Silva Muñoz, que abriu no ano passado. "A maior parte dos gelados que temos são feitos ao estilo e com matérias-primas de Itália, embora também tenhamos mantido o torrão valenciano, o "mantecado" e o tradicional tutti frutti". São mais de 50 sabores, "embora eu esteja sempre a trazer novos repertórios, como os temáticos dos lanches típicos dos anos oitenta (Bollycao, Tigretón, Pantera Rosa, Phoskitos, etc..), o de Coca Isleña (com gila e amêndoas, inspirado num doce tradicional de Isla Cristina), ou o de azeite extra virgem dos lagares da região". Entre os mais procurados durante a temporada de abertura (de fevereiro a outubro), está sempre a dupla mais representativa dos dois estilos: o torrão valenciano e o Kinder Bueno, que é fornecido diretamente pela gigante italiana Ferrero.
GELATARIA EL ARTESANO – Plaza de las Flores, | Av. del Carnaval, | Av. Francisco Silva Muñoz, 1. Tel.: (+34) 600 425 900