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Pedimos desculpa pelo óbvio exagero, é entusiasmo assumido que de quem admira esta cozinha feita de uma ligação rara entre a natureza e a confeção, uma gastronomia tradicional e, ao mesmo tempo, sempre disposta a receber quem a queira descobrir com atitude inovadora. Um compromisso que pode descobrir nas sugestões que aqui lhe deixamos.
Canja de Cogumelos e Perdiz Selvagem. Alheira de Caça com Grelos. Arroz Malandrinho de Javali de Montanha. Faisão Assado no Forno. Podíamos ficar assim, com este excerto da carta do São Lourenço, em Manteigas.
Mas acrescentemos pontos extra a esta tentação: o restaurante é a mesa da Casa com o mesmo nome, hotel com cinco estrelas de conforto. E a cozinha é a do chef Manuel Figueira, uma espécie de alquimista da zona, que a conhece como poucos artesãos da cozinha de gabarito superior. Os produtos são os da época e os da região, para poder levar memórias e dizer a quem nunca provou que foi, mais do que uma refeição, “uma experiência”.
Sugestão: siga caminho pelas Penhas Douradas, atravesse o Vale do Rossim e dê um “olá” a Gouveia. Terá retorno caloroso na volta do cumprimento e prometerá regressar, mais cedo do que tarde.
Casa de São Lourenço. Estrada Nacional 232, Km 49,3, Campo Romão, 6260-200, Manteigas. Almoço: 13h-15h. Jantar: 19h30-22h. Telefone: 275 249 730.
A página de Instagram do Tombalobos é a página de Instagram de José Júlio Vintém. E, não surpreendentemente, o contrário também é factual. Serve esta constatação do óbvio para explicar que o restaurante é o chef e o chef é o restaurante. Duas identidades numa só, sonho feito negócio por este cozinheiro autodidata, homem de negócios que por conta própria leva mais de uma década de refinado saboreio.
O Faisão, o Veado, o Pombo, a Perdiz, o gosto de José Júlio cruza-os com a paixão por outra das iguarias da zona: os cogumelos, que o chef Vintém explora nas formas mais tradicionais e nos pratos menos previsíveis. Conselho com amizade: faça a reserva e informe-se sobre pratos a encomendar de acordo com as épocas de caça. Comensal prevenido vale por uma festa de paladar para todos (que isto é casa de convívio).
Sugestão: perca-se pela Serra de São Mamede e reencontre o rumo, até chegar à Torre de Palma Wine Hotel, ali muito perto, em Monforte. De nada, ora essa.
Tombalobos. Rua 19 de Junho, 2, 7300-126, Portalegre. De quarta a sábado, 12h-14h45; 19h-21h45. Domingos das 12h às 14h45. Telefone: 245 906 111.
Quem é que não fica pelo menos recheado de curiosidade quando dá de caras com um nome familiar à entrada de uma casa com a mesa posta? Não responda já. Fique primeiro a saber que esta é uma das paragens obrigatórias para quem se passeia pela Serra do Caldeirão. Que faz parte de um dos muitos roteiros possíveis ao longo da mágica Estrada Nacional 2. E que entre as iguarias disponíveis no menu está o Javali e as Migas de Caça.
A Tia Bia não é um segredo, mas também não é a mais popular das nossas familiares distantes. Ainda assim, congrega muito sobrinho espalhado por aí. Esta frase está num dos muitos sites que deixam relatos sobre encontros com a Tia Bia: “Marquem com tempo ou não se safam”. Se este não é o melhor dos elogios, qual será?
Sugestão: além de restaurante, a Tia Bia também é um alojamento. Marque o seu quarto e daí parta para a descida por terras algarvias, até Faro. Navegue pela mais Formosa das rias e guarde as histórias para contar à mesa no regresso.
Tia Bia. Estrada do Barranco Velho, 8100-159, Loulé. Todos os dias, das 12h às 15h e das 19h às 21h. Telefone: 289 846 425.
Pode parecer coisa de publicitário, mas é a melhor temperada das verdades: o Ofício é o exemplo perfeito daquilo que uma boa dose de talento, virtuosismo e bom gosto alimentados ao longos dos anos mais recentes pode fazer à mais genuína das tradições.
A culpa, assumida e orgulhosa, é do chef Hugo Candeias, que olha para o receituário português como uma maravilha moldável. Do legado culinário herdado de norte a sul faz parte a caça e no Ofício a herança revela-se moderna: a Cabidela de Codorniz. A dita apresenta-se de peito e pata; o obrigatório vinagre é feito de arroz e cereja; e o sangue une o arroz à protagonista, como a antiguidade exige.
Sugestão: una o deleite à mesa com o bom proveito de uma estadia nas proximidades. No Bairro Alto Hotel instale a base para uma descoberta lisboeta que não precisa de plano, apenas da orientação óbvia — o rio de um lado e as colinas do outro.
Ofício. Rua Nova da Trindade, 11. Horário: de terça a sábado, das 12h30 às 15h e das 19h às 23h. Telefone: 910 456 440.
Há muitas definições de luxo. Dependem de gostos e interesses. Mas depois há algumas que não podem ser condicionais, assumem-se inevitavelmente como absolutas. Esta é uma delas: um restaurante no centro do Porto, com história, categoria nortenha e joias de caça no menu.
Atentemos nestas três doses: Lombo de Veado Grelhado, Lombo de Javali Panado e Recheado, Perdiz de Caça Estufada. Já dissemos “veado”? Certo, mas puxemos só a refeição até ao início, porque vai ser difícil encontrar outra entrada como o Carpaccio do mesmo que a Traça serve (já agora, saiba que esta é morada dos melhores ingredientes vindos de toda a Península Ibérica. Aproveite. Sabe-se lá quando volta).
Sugestão: Como explicar isto… não precisa de dicas. Só precisa de caminhar. E de fazer perguntas, nenhuma resposta vai falhar — está no Porto. Já agora, acabou de inaugurar a exposição de Devendra Banhardt em Serralves.
Traça. Largo de São Domingos, 88, 4050-545, Porto. De segunda a quinta, 12h-15h30 e 19h-00h. Sextas e sábados, 12h-15h30 e 19h30-02h. Domingos, 12h30-15h30 e 19h-23h30. Telefone: 222 081 065.