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Os preconceitos dizem que os hotéis são coisas para aproveitar e, ao mesmo tempo, fazer pouco barulho para não incomodar. Daí até evitar tais destinos quando levamos a família vai quase nada. Mas e se nos deixássemos de coisas e procurássemos os muitos sítios até onde podemos ir em grupo, passar dias de descanso e de festa, construir memórias e voltar com saudades?
Não precisa de levar nada para o Martinhal Sagres. Repetimos: nada. E este é o melhor princípio para o que se segue. Tudo acontece em Sagres, como se fosse o princípio de uma daquelas histórias de fantasia — até porque neste conto há uma boa dose de ingredientes improváveis. Ou pelo menos pouco habituais na rotina do acorda-pequeno-almoço-escola-trabalho-casa-banho-jantar-dormir-repete. Este é um resort para famílias, com quartos de hotel, pequenas moradias e villas para grupos que chegam às 12 pessoas, sejam elas familiares ou gente dada à amizade que, em dias de férias, encontra ainda mais razão para reforçar laços. Fica em frente ao mar, junto à praia que lhe dá nome, mas também há piscinas — cinco delas — para todas as alturas, mesmo as mais curtas (profundidade de 10cm? Eles têm). Há restaurantes preocupados em satisfazer diferentes gostos e por isso mesmo também têm diferentes nomes: O Terraço, As Dunas e Os Gambozinos. Há bares e lounges, há take-away e até um mercado para não ter que sair para o mundo real à procura do que lhe faz falta. E para crianças e jovens até aos 17 há atividades e desportos, incluindo momentos em que os pais podem tirar férias das férias. É verdade: já tínhamos dito que não precisa de levar nada?
Martinhal Sagres Family Beach Resort. Quinta do Martinhal, Apartado 54, 8650-908, Sagres; Telefone: 282 240 200
Que mania esta de convidar hóspedes a ficar uns quantos dias, e respetivas noites, em sítios de onde sair sabe a fim de férias quando somos garotos: uma tragédia. O Spatia Comporta orgulha-se de estar inscrito nesta semi-divina categoria. Já caminhavam para tal requinte antes da primavera de 2024; depois desta estação, o panorama assim ficou irremediavelmente definido. À escolha existem os quartos, as cabanas (estas exclusivas para adultos) e as villas. E é nestas últimas que as famílias mais têm a ganhar, já que cada uma tem pelo menos um hectare de espaço exclusivo (está agora a ver a justificação do nome deste resort, não está?). Algumas têm lagos. Outras piscinas. Todas elas incluem descanso e privacidade, garantem. Do extenso pinhal à praia do Pego vai muita vontade e pouca distância. Nos restaurantes NESTO e ORA há alentejo servido com categoria — mas também há atenção aos mais pequenos. E para quem tem como certa a indiferença face à decoração, este desafio é duplo: deixe-se ficar pelo Spatia e depois diga lá que o conforto e o bom gosto não fazem parte das muitas armas sedutoras que este pedaço de Comporta lhe aponta. Diga-o em voz alta, se tiver coragem.
Spatia Comporta. N261-1, Estrada das Bicas, Marco da Saibreira, Bicas 7570-337, Grândola; Telefone: 269 249 486
Se viu o mais recente díptico de João Canijo — os filmes “Mal Viver”/”Viver Mal” — talvez reconheça este destino no Norte do país. Se viu também a série “Hotel do Rio”, então não lhe restam dúvidas: este é de facto o sítio onde estas histórias foram filmadas. Entre a década de 60 e 70, o realizador português passou férias aqui enquanto miúdo. E mais de 60 anos depois, outros petizes são mais do que bem-vindos. O Parque do Rio fica entre o Cávado e o Atlântico, entre Esposende e Fão. É uma espécie de ilha, construída em volta da piscina, como centro de memórias, que depois se espalham pelos corredores, quartos e suites do hotel. O grande segredo do Parque do Rio tem sido aquilo que levamos de cada vez que saímos. Foi aquilo que fez João Canijo regressar e encontrar aqui o cenário perfeito para a história de uma família em busca de redenção. À primeira visita, fica a vontade de regressar, uma e outra vez. Como acontece com as colónias de férias, este é o retiro que pensávamos que já não existia. Quem o descobre, arrisca-se a inscrevê-lo no álbum de família. E se não viu “Mal Viver”/”Viver Mal”, arrisque-se por aí também.
Hotel Parque do Rio. Caminho Padre Manuel de Sá Pereira, Fão, 4741-908, Esposende; Telefone: 253 981 521
Há uma expressão nas propostas que o Calheta Beach tem para apresentar aos visitantes que provoca uma reação quase pavloviana — “tudo incluído”. Traduzindo em movimentos: a família entra no hotel e está feito. Adeus, preocupações com as refeições; até à vista, dúvidas a propósito de um eventual próximo mergulho; sayonara, angústia de ter de prever o que fazer a seguir e onde. A ideia de estar no Calheta Beach é essa: estar. Em cima do mar, com a praia nos pés, o Kids Club pronto para qualquer eventualidade, experiências como a Little Chef, para que os pequenos descubram se vale a pena investir numa carreira na cozinha, passeios com partida e chegada num mergulho, quartos com nomes glamourosos como Superior Suite Sea View… Note bem: o Calheta Beach até permite que leve a sua família a passar um dia inteiro entre os restaurantes e a piscina sem que tenham de ficar hospedados. Não sei se já referimos aqui que estamos na Madeira, que é uma espécie de ilha do tesouro à espera de ser explorada. Se este não é um plano vencedor, que promete encantos, agradecimentos e planos de regresso, então o que será?
Calheta Beach. Av. D. Manuel I, 3, 9370-133, Estreito da Calheta; Telefone: 291 820 300
Aquilo que se passa no Penha Longa traduz-se de forma muito eficaz através da enumeração. Ora vejamos. Para a garotada: piscina, parque infantil, trampolim, parede de escalada, slide, mini-golfe. Kids Club com piscinas de bolas, insufláveis, sala de jogos e de trabalhos manuais. Atividades em grupo como workshops de pizza, caças ao tesouro, sessões de cinema e festas do pijama. Roupões e chinelos para as crianças e tendas para montar dentro dos quartos. Para os crescidos: 204 quartos (incluindo quatro apartamentos T3), sete restaurantes, spa com mais de 1500m2, quatro piscinas, 220 hectares de jardim, serra, campo de golfe e uma série de ruínas e construções antigas de um terreno que já foi de tudo, de tapada de caça a morada de ordens religiosas. Tudo a 45 minutos de Lisboa e a 15 tanto de Cascais como de Sintra (dados interessantes sobretudo para quem é muito focado nas variáveis da distância e da mobilidade). E uma mania insistente — diríamos crónica — de fazer do luxo uma prioridade. Estamos conversados?
Penha Longa Resort. Estrada da Lagoa Azul, Linhó, 2714-511, Sintra; Telefone: 219 249 011